Bom dia astrônomos! Acordei hoje inspirada em
falar sobre as intrigantes estrelas de nêutrons... que fazem alusão com os
pulsares, que falei anteriormente.
Estrela de nêutrons
Estrela de nêutrons é um
estágio na vida de estrelas muito grandes que, depois de consumir todo o hidrogênio em seu núcleo e
explodir em uma supernova, pode virar um corpo celeste extremamente denso e
compacto onde não há mais átomos, mas um aglomerado de nêutrons. Por isso o nome:
estrela de nêutrons.
Toda
estrela tem um ciclo de nascimento, vida e morte e a estrela de nêutrons
representa o estágio final para algumas estrelas que têm a massa de
8 ou mais vezes maior que a massa do sol.
Durante
toda sua vida as estrelas mantêm um estado de
equilíbrio onde a energia liberada pela fusão de hidrogênio em seu núcleo (na
maioria dos casos) gera uma pressão suficiente para contrabalançar a energia da
compressão gravitacional da estrela sobre suas camadas mais externas, evitando
que ela caia sobre si.
Mas,
quando uma estrela suficientemente grande já consumiu todo o hidrogênio de seu
núcleo, o equilíbrio é perturbado. Ela começa a converter o hélio das
camadas mais externas em elementos mais pesados e o processo de fusão vai
ficando cada vez mais ineficiente (acontece que a fusão dos materiais que
compõem a estrela depende do tamanho dela. Estrelas com massas muito pequenas
não conseguem produzir calor suficiente
para fundir elementos como o hélio porque quanto mais pesado for o material,
maior a temperatura necessária para que haja a fusão).
Durante
esse processo a estrela vai liberando enormes quantidades de energia para o
espaço e os materiais mais pesados gerados pela fusão do hélio começam a “cair”
para o interior da estrela formando um
núcleo cada vez mais compacto (ao final ele pode ter até 1015 g/cm³). Quanto
mais matéria vai sendo sugada para o núcleo mais rapidamente ele gira gerando
um campo gravitacional cada vez mais forte. O equilíbrio que havia entre as
camadas externas e o núcleo da estrela se esvai e ela colapsa, explodindo em
uma supernova. A camada mais externa é expulsa para o espaço e o que resta é
uma estrela formada totalmente por nêutrons: devido à alta densidade, seus
prótons e elétrons se unem no núcleo anulando-se.
Uma
estrela de nêutrons gira tão rápido que seu período rotacional pode levar
apenas alguns milésimos de segundo. Quando o campo
magnético da estrela de nêutrons não coincide com o seu eixo de
rotação temos um pulsar: uma estrela que emite radiação (proveniente de seu
movimento de rotação) de forma mais regular que o melhor dos relógios. O pulso
é tão regular que no início os cientistas pensaram que os pulsos fossem algum
sinal alienígena.
Fonte:
http://www.infoescola.com/cosmologia/estrela-de-neutrons/Aninha.
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